sábado, 13 de novembro de 2010

Sonhando ao vento

   Acordo com as lembranças daquele sonho de novo. Pulo na varanda, sem medo, sem arrependimentos. Vejo o céu sem estrelas enquanto caio lentamente e sorrio. Teus beijos são a última memória, o último refúgio. Não reclamo da vida que tive. Houve bons momentos  que não posso esquecer ou ao ao menos reclamar. Pulo não porque sofro, mas porque não vejo mais sentido.
   É assim toda vez que acordo.  Sem ar, olho o quarto escuro e só uma luz bem de longe. O som alto da música e os risos me fazem saber que talvez essa seja a realidade. Ainda confusa toco no meu corpo e sinto o sangue correndo. Não é a primeira vez, também não foi a última.
    Será que ainda o quero?Será que ainda me quer? Questões que nunca terão resposta, que nunca perguntarei. Sei que mentiria. O orgulho sempre sobressai aos sentimentos. As recordações não são suficiente para fazer meu coração parar de bater tão forte. Suspiro tentando me lembrar porque estava chorando.
     Busco em palavras razões para fugir. procura em devaneios soluções que não virão. Sinto você de longe. Sei que agora está com ela. Talvez se deixasse o mundo não reparasse. mas, isso só são loucuras da madrugada envolta ainda pela fumaça. Uma música, um toque e nada será como antes. Senti cada momento, mas a saudade  é mais forte do que o vestígio daquela noite.

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