quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A queda

Mais um gole de um sonho louco e a vida que para por um instante. Vinte, trinta dias de loucura e solidão. Intensamente fiz escolhas, optei por sentir mais, essa é a minha droga. Um ódio que pulsa, um beijo que não acaba, até poderia ser minha maior qualidade. A grandeza do sentir. Vodca, cigarros, cervejas que me banham, me inundam, mas não são suficiente para guardar palavras. Não, não sou assim. Quero dizer, quero lembrar, prefiro sofrer a não usar a minha cruel sinceridade, a não expurgar o desejo da minha verdade. A tristeza que há em mim refletida pela dor de saber que não escolhi deixá-lo.
Hoje queria sim uma borracha, uma máquina do tempo. Não para mudar o que disse e sim para apagá-lo desse mês que me devora. Seria ainda sem máculas, acreditando em dias tranquilos.Uma lente de aumento, para ele. Para mim, diminuo as consequência, não disse ainda tudo que queria. Mas basta. Sei que, no fundo, minha alma bêbada sussurrou e me empurrou para a loucura. Não posso obrigar ninguém a me entender e na tentativa caí num profundo abismo e as marcas no meu corpo são a prova constante de que não só de impulsos e Carpe Diem vive o homem.

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