quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

E na noite de um pequeno poeta

E nos seus cabelos me emaranhei muito rápido. De tal forma que nem percebi que sentia uma crescente vontade, um desejo. Não era paixão ou amor. Na realidade, um sentimento que pulsava em minhas veias fracas. Teus beijos me deixaram louca e não tu de verdade. Contava moedas em seus bolsos vazios, te estendi um copo já cálido e fervia. Em meus sonhos me avisou que por mim já não sofria. Eu, a idiota, sonhava com mais uma noite de beijos ardentes. Teu ser tão rasteiro, tão pouco nobre. Eu já não me reconhecia. O que tu despertou em mim era do que fugia. Por isso, drástica, me afasto, antes que o desejo da carne se torne sentimento.

Um comentário:

  1. Não confiemos tão facilmente nossas pedras mais preciosas a mãos indelicadas, nem deixemos nossa chama se apagar por causa de um sopro vagabundo.

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