quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Para uma tarde de outubro


Cores flutuam
Um mar que banha meus pés
As lágrimas salgam meus olhos.

Luar repentino em sol
Vazio imenso
Uma dor nunca se cura
Na eternidade das flores ao recordar.

Teu beijo frio
Que lembra o outrora
Balança meu corpo de volta ao passado.

Vejo ali, na espuma das ondas
Um corpo gélido
Na areia a se enterrar

São cravos?
Não. Rosas...amarelas,douradas.
Como teu cabelo que brilha
Num sonho que para sempre me atormentará.

Tempestade infinita
Volta para teu berço celistial
E diga adeus como eu estivesse contigo.

Tentei escapar jogando-me nas profundesas
De um mar que nunca se finda
De um mar que não vai com aquele que não pude mais uma vez falar.

O cavaleiro num cavalo branco
Me tomou dos braços de Yemanjá
Mesmo sabendo que eu nunca serei sua dama
Pois sou suja demais para em seu leito deitar.

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