sábado, 8 de janeiro de 2011

O Sol

Lá, onde todos riem, vejo seu semblante falso. Sei que está exitante, que já não tem certeza de nada, mas não diz. Novamente faz que sorriu e olha para os lados tentando se esquecer da realidade que tanto a assombra. Pobre querida amiga, se quisesse falar ou ao menos me dar um olhar de confiança, ouviria e te responderia o que realmente penso de tudo que já viveu.
Sei que ele te afeta e, por isso, não mais o menciona. Também sei que sua vida, seu conto de fadas, nada mais é que fruto da sua imaginação pueril, ou será louca? Não sei o que pensar. Achava que, em você, poderia sempre confiar. Mas, e aqueles sussurros atrás da varanda?
Ainda busco os melhores momentos, os dias em que você realmente brilhou como o Sol em seu nome. Mas, o brilho se apagou e só vejo vestígio daquela que um dia foi tão feliz. Me angustia seu sofrimento calado e choro sem saber porque.
"Oh querida", penso com pena, mas, ao mesmo tempo, reflito se não está atuando, como já te vi fazendo, e as lágrimas não são falsas. Cuidado, querida, seu amor pode ter incendiado todo o lugar, ou até mesmo você por completo. Passo as mão por seus cachos dourados e riu sabendo que um dia acordaras.



Um comentário:

  1. Às vezes, viver uma fantasia se torna a melhor solução para alguém. É isso mesmo que você escreveu, Hilda. Mas, quando os amigos se perdem, o melhor a fazer é tentar ajudar sutilmente!!

    ResponderExcluir