segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Falando com o vento

Palavras soltas no ar. Uma viagem proporcionada pelos melhores venenos. Uma carteira de Hollywoood pela metade e mais um trago de um vinho barato. Muitos, muitos estavam presentes. Era mais uma festinha de crianças de quase trinta anos, a lua cheia e uma mente vazia mascarada por discursos cheios de empáfia. Mãos ansiosas procuram um razão para gesticular e criticar o mundo em que habitam.
Mas como faze-lo se mais da metade do tempo estavam dopados,  sufocados pela fumaça da doce Cânabis. Não enxergar a realidade impede-os de poder falar da mesma. Uma classe média barata que foge de empregos para curtir os momentos mais interessantes da vida. Porém, se por um dia, vivessem como aqueles que desprezam, sóbrios, ricos e com o carro da última geração, provavelmente seriam imersos na calmaria de ventos mais tranquilos.
Posso falar e ninguém me entender, posso gritar e o universo estar mudo. Estou só. Mas de algo eu sei, a hipocrisia de menininhos que ainda moram com suas mães, não pagam contas, não acordam com problemas palpáveis é grande. A alienação também os alcança. Fato. É... pobre daqueles que não enxergam a mais de um palmo à sua frente.

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