E num mar de orgulho mergulhei. Foi tão profundo que não pude enxergar mais nada. A dor em meio a distúrbios. Eu a louca, enquanto caminhava com um antigo bufão. As lágrimas dele eram mais amargas que as minhas, mas, em algum ponto, de um longo caminho, me escutou. Nada disse, só ouvia as palavras de uma pobre ninfa que lhe contava as mazelas do amor. Enquanto lívida corria lágrimas, suspirava e a levava para longe do martírio.
O mal, em traje de anjo, tenta aproximar a pobre ninfa do cavalheiro sonhador que cantava versos já para outra amada. O dom das rimas deixava-o louco. Palavras, sensações e a certeza que a dor de amar era a mais prazerosa.Um sorriso louco e as lembranças de quando ainda sonhava. Se era mesmo algo para se sonhar, por que as marcas num corpo dourado? Não sabia, ninguém sabia. O que pode-se entender da tristeza? Somente aquela fria donzela com um corpo já maculado. Incertezas do mundo, da vida. Um longo gole de um doce absinto e o sangue que escorre num rosto cheio de mar e luz.
Somente um longo caminhar de uma rua íngreme já conhecida. Sorrisos e confidencias de uma fraca sensação que já não existe luar. Oh! Oh, querido bufão, como poderei esquecer nossas dívidas, nossas lamúrias e os pássaros que cantam enquanto lembramos daqueles que já se foram enterrados sobre o entardecer.
Nossa, isso tudo e o circo ainda não foi embora. O pior não passou nem passará, ele está entre nós!
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