domingo, 18 de dezembro de 2011

Sobre uma noite de sábado

Embebida por mais uma noite de jogos e festa deixo escorrer as palavras que lentamente caem de meu rosto sombrio. O calor dos afagos não compensam a dor da mentira em terras frias. Um silêncio e meu coração palpita sabendo que julguei mal o cavaleiro que outrora beijei. Tortura amarga e um grito sussurrado em meu peito calado. A fumaça de um cigarro que verteriam-se em lágrimas se acaso deixasse. Sons, cores, brigas e movimentos de uma ninfa ainda jovem. Minha visão turva, meus olhos embargados de madrugada. Noite confusa, engano que dilacera a alma. Um amigo desfeito é outro que se aproxima.
 Quero a brandura de um sol flamejante e a certeza que não serei jamais envolvida por mistérios. Um príncipe fantasiado de fera e um bandido que sorriu com seus olhos de ressaca. Deito-me entre folhas douradas e espero por uma verdade como a daquele guerreiro que mora na lua.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

E na noite de um pequeno poeta

E nos seus cabelos me emaranhei muito rápido. De tal forma que nem percebi que sentia uma crescente vontade, um desejo. Não era paixão ou amor. Na realidade, um sentimento que pulsava em minhas veias fracas. Teus beijos me deixaram louca e não tu de verdade. Contava moedas em seus bolsos vazios, te estendi um copo já cálido e fervia. Em meus sonhos me avisou que por mim já não sofria. Eu, a idiota, sonhava com mais uma noite de beijos ardentes. Teu ser tão rasteiro, tão pouco nobre. Eu já não me reconhecia. O que tu despertou em mim era do que fugia. Por isso, drástica, me afasto, antes que o desejo da carne se torne sentimento.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

E o calor...

Pela noite passeio agitada, olhos inquietos que deslumbram-se com a madrugada. A vida noturna me encanta e sou embriaga pela lua que me beija. Sonho acordada e o desejo de sorver estrelas quentes e servi-las em meu corpo arrepiado pelo mar. Sussurros e gritos de lunáticos que drogam-se e riem na areia molhada. Moedas se vão, amores retornam e um coração que cobre-se de felicidade.
O sol em seu primeiro raio já lembra a tortura do silêncio. A vida numa prisão dourada e as voltas infinitas de luzes estouradas. Mais um dia e as pessoas correm. Mas para onde,ora essa? Como amar um mundo tão acordado e que estraga as doces aventuras.
Quero cantar, dançar, amar, trabalhar, sonhar, viver à noite. A linda e misteriosa noite que embala, transforma e acende minha vontade de viver.

domingo, 27 de novembro de 2011

No luar antigo

Minha livre pele que queima entre corpos nus, arde de veneno e desejo. Não posso relutar por um instante que vá correndo em busca de outros beijos. Terna, meiga e sonsa, me aproximo do teu cálido corpo. A madrugada zombeteira e triste dá lugar ao sol irresoluto. Danço no ar correndo entre as nuvens serelepes. Pensa que pode me assustar com seus gritos breves? Oh, bruma sem fim, mistério para mim não há. Já em outros olhos as mesmas chamas que tentaram me embebedar.
Um eu-lírico amargo e a vontade de que janeiro me enlace. A vida num suspiro de tristeza e a solidão que me embala em multidões caladas. Nem mais um trago do veneno mais doce, que me acalmava entre lágrimas e passageiras lembranças.Agora é só esperar pelo dia em que sorverei novamente mais um gole de uma gelada paixão.
Estranho ou não, mergulhada nos braços de Orfeu, recordo dos dias em que não precisava me preocupar com que horas precisava chegar. Ontem, semana passada. Oh, dias gloriosos. Já cheguei no limite da farsa. Sou livre, ora, não há quem me amarre, prenda ou, até mesmo, me faça sofrer por mais de cinco minutos. Pena para você, sorrisos para mim. Adeus madrugada louca. Voltarei para o ingrato dever de casa e mais um copo de suco vazio.

domingo, 13 de novembro de 2011

Confusões de um moribundo sonhador

Descia ligeiro. Era um sonho que parecia não acabar. Olhava apreensivo para o relógio, não funcionava, nunca iria funcionar. Preso entre duas realidades, sufocado entre o real e o imaginário, fugia como um louco arrependido dos dias em que a chuva roubava-lhe a saúde e a paz. Mas era hora de trabalhar. "De novo?", se perguntava. Havia trabalhado na segunda e na terça. Porque quarta novamente? Caia na imensidão irretocável, na magia de um dantesco mundo onde o centro era sua cadeira.
E dormiu ... ou acordou, não sabia. Um dos mundo começara e o outro terminou. Ou...ou...ou..já não sabia e sentia o mesmo frescor juvenil de outrora. A confusão sobre o futuro e a vontade de passar por tudo aquilo para depois viver. Na verdade, é como fazemos todos, passamos pela vida e não a vivemos.
Triste, dançava pela areia e mergulhava no luar. Vozes sussurraram em seu ouvido hermético, fonético, imagético, sinestésico. Voava e tropeçou para beijar a boca da amada e cobri-lhe de afagos. E o jogo do amor era mais uma ilusão para não lembrar que voltaria para o sonho. Aquele lugar terrível em que passava todas as horas sentado. Ou será a vida real?
Gritou desesperado e sentiu sua fronte latejar fortemente. A dor penetrou todo seu corpo. Não conseguia pensar, nem falar. Sentia somente a dor cravada em sua cabeça.Urrava e seu corpo zombava dele e aumentava o tormento de um solitário forasteiro que não sabia de quem era peça de um tabuleiro. Triste cavalheiro, pelas trevas da morte foi devastado e não mais viveu, sonhou ou respirou. Ninguém ouviu mais falar dele, ninguém jamais soube para onde foi.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A ALMA VAZIA

Acordo desesperada, com uma imensa vontade de gritar. Pesadelos me perturbam a noite inteira. Fantasmas do passado me perseguem furiosamente. Não sei o quem sou, o que faço ou quero. Estou presa numa armadilha. Não há saída.
Quando comecei a fazer as minhas escolhas, vamos dizer, acadêmicas, tinha outros planos em mente. Ingênua ou não, sonhava com o universo das letras, do teatro. A história de uma arte milenar contada nos livros, nas aulas. De maneira que, quando vivi a realidade me senti sufocada pela verdade cruel. O mundo que sonhava se espedaçou em segundos. Respirei, continue. Afinal, lutei tanto para começar, por que não ver no que iria dar.
O começo, comparado com o que sinto agora, não foi ruim. Na verdade, me sentia feliz, motivada. Porém, a decepção foi crescendo tanto que fui engolida por um desespero inenarrável.Queria viver o conhecimento, senti-lo em minha pele. Contudo, tudo não passou de uma mentira, uma realidade paralela na qual tudo é vazio.
Acreditava que tirando um pouco do espaço que havia para minha paixão, o cinema, teria ali um outro preenchido, uma razão a mais para viver. Mas o espaço não foi preenchido. No lugar dele só perdas, mortes. A dor servida num corpo gélido. Me perguntam por que. De tudo. De tudo. Mas eu não. Eu não sei o que faço lá ou aqui ou em lugar algum. Não sinto que estou no meu lugar. É como se, ao invés de estar com algo meu, tivesse pegado emprestado de uma outra pessoa.
Sorrio para todos e juro para mim mesma que uma hora tudo vai passar. Faltam menos de 2 anos para que então possa seguir em frente.
O suplicio toma minha alma, me carrega pelas ruas chuvosas. Uma luz ao longe sorri cínica do meu presente obscuro. Gritos mudos na madrugada e o silêncio quebrado por sussurros do nada.

sábado, 8 de outubro de 2011

A song that I love

Nothing like a Bossa to make me calm.


Fly me to the moon and
Let me play amoung the stars
Let me see what spring is like
On jupiter and mars
In other words, hold my hand
In other words, baby kiss me
Fill my heart with song and
Let me sing for ever more
You are all I long for
All I worship and adore
In other words, please be true
In other words, I'm in love with you
Fill my heart with song and
Let me sing for ever more
You are all I long for
All I worship and adore
In other words, please be true
In other words
In other words,
I, I love, I love you