Então, volto a verdade que me acorda dos momentos sem a cólera que me persegue. Sempre soube que estaria só. Na realidade, gosto e já me acostumei em me sentir desta forma. Ao redor, as pessoas me incomodam e, por isso, eu as esqueço. Talvez o meu escudo apareça somente nas horas em que estou vulnerável. É difícil os outros perceberem.
Não preciso, somente vou fazendo as coisas. Às vezes, sem mesmo planejar ou sem razão vou vivendo em busca do encontro, da sensação de que a vida valeu a pena. Criar nunca foi problema para mim. As palavras corriam rápido em minha mente e devagar no papel. Cada momento saboreado e delicioso escrito . Mas, a tinta secou e o plano das ideais sempre está comigo. Talvez, pensando platônicamente, esse plano seja o correto.
Delírio, sussurros, gemidos e um papel em branco ao longe. Talvez a inspiração só me venha no momento do desejo. Preciso querer, arder.Quando estou amarga é difícil lembrar. Eu ri dos outros para não ter que recordar do passado tão rejeitado.
Queria deitar numa cama de lírios vermelhos, margaridas brancas, rosas azuis. Queria esquecer de tudo e recomeçar. Queria ser de novo aquela presa no espelho que grita e soluça ao me ver delirar. Queria somente a lembrança e os momentos que não voltam, que ficam presos na infância e nos dias que jamais irão voltar.
A solidão não é um mau. Mas, cuidado para ele não se tornar um vício.
ResponderExcluir"Delírio, sussurros, gemidos e um papel em branco ao longe". Gostei dessa frase. É a minha preferida do texto.